Reforma Administrativa volta à pauta e acende alerta entre servidores
- Redação Sindmuni

- 3 de jun.
- 2 min de leitura
PEC 32 propõe mudanças profundas que ameaçam direitos e a estabilidade dos servidores públicos em todo o país
A chamada Reforma Administrativa, representada pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32, voltou à discussão em Brasília e reacende o sinal de alerta entre os servidores públicos. O governo federal sinalizou que pretende retomar o debate como parte de um pacote de medidas para conter gastos, o que inclui mudanças diretas no modelo de contratação, estabilidade e benefícios do funcionalismo.
Embora ainda esteja em tramitação, a PEC 32 pode ter impacto direto na vida de milhões de trabalhadores do serviço público, especialmente nos municípios.
O que está em jogo?
Entre os principais pontos da proposta estão:
Fim da estabilidade para novos servidores: apenas carreiras típicas de Estado manteriam esse direito;
Redução de benefícios como licença-prêmio, adicionais por tempo de serviço e progressões automáticas;
Criação de novos tipos de contratos temporários, com menos garantias;
Maior poder para o Executivo extinguir cargos e órgãos públicos sem necessidade de aprovação legislativa.
A proposta atinge diretamente o coração da estrutura pública, e segundo especialistas, pode abrir caminho para indicações políticas e fragilidade nos serviços oferecidos à população.
Resistência sindical cresce em todo o Brasil
Sindicatos de diversas categorias já se manifestaram contra a retomada da PEC 32. A avaliação geral é de que a proposta não combate privilégios, mas penaliza os servidores de base e enfraquece o serviço público gratuito e de qualidade.
“A Reforma Administrativa não é sobre eficiência, é sobre desmontar a estrutura pública e precarizar o trabalho do servidor. O SINDMUNI está atento e seguirá mobilizado contra qualquer retrocesso”, afirma a diretoria do sindicato.
O SINDMUNI destaca que a proposta foi duramente criticada por juristas, entidades de classe e parlamentares em 2021, quando tramitou com força na Câmara dos Deputados, mas não foi votada por pressão popular.
Qual o cenário atual?
Até o momento, a PEC não foi levada a plenário, mas a sinalização política de retomada tem feito entidades representativas reforçarem a mobilização. É fundamental que os servidores acompanhem as discussões e se mantenham informados para participar das ações organizadas pelos sindicatos.
O que o servidor pode fazer?
Participar das assembleias e atos convocados pelas entidades sindicais;
Pressionar deputados e senadores para rejeitarem a PEC 32;
Compartilhar informações confiáveis sobre os impactos da proposta.
O SINDMUNI continuará informando os servidores sobre os desdobramentos da Reforma Administrativa e convida todos a somar forças na defesa dos direitos conquistados com luta.






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